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Primeiro-ministro de Israel fará visita histórica ao Brasil em junho

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deve fazer uma visita histórica ao Brasil em junho, anunciou o embaixador israelense em Brasília, Yossi Shelley. Será a primeira vez na história que um premiê de Israel vem ao país.
Em setembro do ano passado Netanyahu visitou a Argentina, a Colômbia e o México. Porém, ainda faltam alguns detalhes importantes antes de se confirmar a data da visita. Antes, o Brasil precisa regulamentar o acordo comercial entre os dois países.
O desejo expresso do primeiro-ministro é melhorar a cooperação bilateral. Ele afirma que Israel está “muito interessado” em reforçar os laços com o Brasil e acredita que a visita poderia acelerar o processo.
Desde o governo Lula, que reconheceu a Palestina como nação independente em 2010, as relações entre os dois países estavam enfraquecidas. Durante o governo de Dilma Rousseff ocorreu um imbróglio diplomático quando ela se recusou a aceitar a nomeação do embaixador Dani Dayan.
A presidente acreditava que histórico dele como líder de assentamentos judeus em territórios disputados com a Autoridade Palestina o desqualificava. Como consequência, Dayan foi ser cônsul-geral em Nova York e o Brasil ficou quase dois anos sem embaixador de Israel.
Desde que Michel Temer assumiu a presidência, ocorreram quatro visitas ministeriais a Israel, sendo a de Aloysio Nunes, em fevereiro, a mais recente. Mesmo assim, não há indícios de que haverá uma mudança significativa nas votações nas Nações Unidas e na UNESCO, já que a postura brasileira tem seguido a da maioria, votando continuamente em desfavor do Estado Judeu.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Ofir Akunis, virá ao Brasil na quarta-feira, sendo o primeiro membro do gabinete israelense a visitar o país em quatro anos.
Segundo o embaixador Shelley, o Brasil está interessado no conhecimento tecnológico e agrícola de Israel, especialmente para enfrentar o grave problema de falta de água em algumas regiões, especialmente no Nordeste.
Para o embaixador, o potencial hídrico do Brasil possibilitaria tratar a questão em várias frentes. “Israel não é o único que sabe tratar a água do mar. Mas faz em 80% [da água consumida] e tem uma experiência que é a prova disso”.  Com informações de Jerusalem Post

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